O Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF) localiza-se em partes dos Estados do Ceará, da Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, área central do Polígono das Secas.

A VECTOR, vencedora de certames licitatórios, assinou contratos em 2010 com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) para elaboração do projeto executivo e implantação de todo o SISTEMA DIGITAL DE SUPERVISÃO E CONTROLE E DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES da Primeira Etapa dos Eixos Leste e Norte do PISF.

O trecho do Eixo Leste abrangido no contrato com a VECTOR corresponde ao Trecho V da Integração, que tem capacidade para captar até 28m³/s no reservatório de Itaparica, em Petrolândia (PE). Já no Eixo Norte, os Trechos abrangidos no contrato correspondem aos Trechos I e II, e foi projetado para captar até o máximo de 99 m³/s de água no rio São Francisco, no município de Cabrobó-PE e conduzir, através de suas ramificações, até a bacia do rio Piranhas Açu.

SISTEMA DIGITAL DE SUPERVISÃO E CONTROLE – SDSC

O SDSC consiste no sistema de automação e controle das estruturas eletromecânicas, mecânicas e hidráulicas do PISF, compreendendo as Estações de Bombeamento (EBs), Subestações, Linhas de Transmissão, Linhas de Distribuição, Estruturas de Controle de Comportas, Barragens, Aquedutos, Canais, sendo que o Eixo Leste compreende 217 km de extensão de canais, outorga de água de 10,0 m³/s, 06 estações elevatórias, 12 reservatórios e 14 pontos de entrega (tomadas d'água de uso difuso) e o Eixo Norte compreende 260 km de extensão de canais, outorga de água de 16,4 m³/s, 03 estações elevatórias, 17 reservatórios e 16 pontos de entrega.

O escopo da VECTOR compreendeu:

• Projeto executivo e funcional do SDSC (arquitetura, projetos elétricos, de instalação dos equipamentos nos locais, funcionais e de interligação do SDSC, fabricação e testes de aceitação em fábrica);
• Desenvolvimento, fornecimento, testes e implantação de software supervisório para o SDSC, Gerenciamento de Base de Dados e controladores lógico-programáveis - CLPs;
• Fornecimento de painéis de automação e de todos os equipamentos, como sensores, CLPs, estações de operação e acessórios que compõem o SDSC;
• Instalação de equipamentos do SDSC;
• Integração, comissionamento e start-up dos equipamentos do SDSC em todas as unidades (CLPs, IHMs, Relés IED, Softstarters) via redes industriais de comunicação digital, utilizando protocolos ethernet, modbus TCP, OPC UA, OPC DA, IEC 61850 e meios físicos através de rádio wireless, fibra óptica e cabo;
• Desenvolvimento do manual de operação e manutenção do sistema;
• Estudos de coordenação, curto-circuito e seletividade, bem como parametrização e implantação da rede de relés de proteção das estações de bombeamento;
• Energização dos cubículos, serviços auxiliares e SDSC;
• Participação no comissionamento integrado de todos os equipamentos das plantas operativas, atuando como integrante fundamental na colocação em operação das EBs do PISF, incluindo a liberação das EBs para operação;
• Operação assistida das plantas operativas;
• Treinamentos em configuração, operação e manutenção dos sistemas;
• Projeto Básico de Edificação do Centro de Controle e Operação – CCO.

SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES

O Sistema de Telecomunicações é composto por 7 (sete) subsistemas. Estes Subsistemas são necessários para o estabelecimento das comunicações operativas, administrativas, de manutenção e de segurança entre as EBs, Estruturas de Controle, Tomadas de Uso Difuso e o CCO do PISF.

Os subsistemas são:

• Subsistema Cabos e Distribuidores Ópticos (3.600 metros de cabos óticos em dutos);
• Subsistema Transmissão Óptica (MUX SDH e SWITCH GIGABIT ETHERNET);
• Subsistema de Gerenciamento;
• Subsistema Circuito Fechado de Televisão – CFTV (sistema de vigilância eletrônica);
• Subsistema Telefonia IP;
• Subsistema Rádio;
• Subsistema Instrumento de Testes.

Para garantir uma elevada disponibilidade da rede foi adotada uma topologia com proteção em anel em modo full­duplex, uma vez que essa tecnologia se ajusta perfeitamente às aplicações de transmissão de dados, voz e vídeo e é altamente escalável e resiliente.

A topologia combinou a duplicidade de caminhos ópticos e a dualidade dos equipamentos de rede de modo que no nível da camada de interconexão sejam garantidas as maiores disponibilidades possíveis em todos os trechos da rede.

Em cada EB foram implantados sistemas de CFTV, equipados com câmeras PTZ de longo alcance, bem como sistema de Detecção e Alarme de Intrusão constituído por barreiras de feixes infravermelhos que foram instaladas externamente na periferia e/ou nos acessos das edificações.